Segunda, 26 de fevereiro de 2018



Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu





SITE/BLOG DO PRÉVIDI: HÁ 14 ANOS
INCOMODANDO CHATOS, 
INCOMPETENTES E BANDIDOS
(E CANALHAS)








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Atualizado diariamente
pela manhã













GAÚCHO É MUITO ESTRANHO:
UM BELÍSSIMO SÁBADO, SOL SEM NUVENS, MAR
LIMPÍSSIMO, SEM VENTO.
E A PRAIA VAZIA.
DOMINGO?
IGUALZINHO.









O MAIS POPULAR E CONSCIENTE
RADIALISTA QUE O RS CONHECEU




Eu sempre o chamava de "João Batista".
E ele, dando risada, me respondia:
- João Batista é a mãe!!
Dávamos risadas e aí nos cumprimentávamos.
Anos e anos foi sempre assim.

João Batista Marçal, o jornalista e radialista mais popular e CONSCIENTE do Rio Grande do Sul morreu na sexta passada. No sábado, parentes e amigos foram se despedir dele, próximo de onde morava - no Crematório Metropolitano de Viamão.
...
Era adolescente e ouvia o Marçal no rádio porque minha mãe o adorava.
Em 1977 fui trabalhar no Diário de Notícias. No primeiro final de tarde, quando estava nervosíssimo redigindo uma matéria, escvutei uma gritaria com uma voz familiar. Era ele que chegava, onde era o Editor de Internacional.
Não demorou muito e virei "integrante" do séquito do Marçal. Ele comandava até as saídas para o bar do Portuga, para uma cachacinha.
Pouco tempo depois comecei a sair com ele e o pessoal do jornal para a noite.
Eu era um dos poucos que tinha carro e podíamos nos aventurar por áreas mais distantes.
...
Aí eu pude constatar como o Marçal era popular. Mais do que popular. A primeira figura popular que convivi.
Duas historinhas.
Uma vez, sexta-feira, estávamos no Portuga e ele sugeriu irmos a Viamão num bailão de um amigo.
Claro que topei. Só que estávamos em oito.
Fomos em oito no meu Opalão.
Antes de chegarmos a Viamão, a Polícia Rodoviária nos parou.
Era o fim da linha.
O policial deu boa noite, pediu documentos do carro e meu, e falou:
- Em quantos vocês estão aí?
Antes que eu respondesse, o Marçal falou alguma coisa, como se estivesse num programa de rádio.
O policial fez uma cara de espanto e não acreditou:
- Não me diz que é o Marçal! Não acredito!! Meu Deus, é muita coisa!!
O Marçal desceu, cumprimentou o cara, e foi levado aos outros. Fizeram uma festa.
Não demorou muito seguimos a viagem até o bailão.
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Outro dia estávamos, madrugada de final de semana, na avenida Farrapos. Fora da parada. E queríamos que um ônibus nos levasse até o Centro. Claro que era coisa de quem tinha bebido além da conta.
Até que veio um e ao passar pelo grupo freiou pouco adiante.
Desce o motorista, de braços abertos:
- Marçal!!
E entramos todeos no ônibus.
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Historinhas simples mas significativas de sua popularidade com as pessoas que fazia questão de conversar quando estava numa rádio.
Não está convencido da popularidade? Então pesquise o seguinte: Quantos "Marçal" estão registrados nos cartórios do RS, como se Marçal fosse Paulo ou José. As pessoas sempre acreditaram que "Marçal" era o primeiro nome dele.
Eu gostaria de saber a origem do nome do jornalista Marçal Alves Leite - talvez não tenha nada a ver com o radialista.
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Em 31 de dezembro de 1979 o Diário de Notícias fechou. Passamos janeiro e fevereiro atrás do que fazer. Em fevereiro consegui um free no Correio do Povo para cobrir o Carnaval.
O Marçal chegou a fazer um piloto na Rádio Gaúcha para um programa na madrugada.
Não deu certo, mesmo que o diretor da Gaúcha, o professor Ruy Carlos Ostermann, apoiasse (Olhem o nível da época!!).
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Marçal trabalhou em quase todas as rádios de Porto Alegre. O auge foi quando a milicada mandava e desmandava. Tinha dias que ele se irritava e dava um pau em algum milico ou na Arena, o partido deles. No outro dia, a direção da rádio recebia um milico que sugeria o fim da participação do Marçal. E isso acontecia, claro.
Trabalhou na Rádio Sucesso, do Cascalho Contursi. Não tinha jeito de acordar. Aí o Cascalho comprou um baita despertador e mesmo assim não tinha jeito.
Leiam o que o jornalista Marco Poli escreveu:

Um dos meus ídolos por muito tempo. Com ele criamos o "Aqui e Agora" na TV Piratini, que foi tirada do ar antes do programa chegar aos lares. Mais tarde ele fez uma coluna policial na RBS TV que em poucos dias derrubou o Chefe de Polícia. Uma figura única e contador de histórias como não existe igual.

Aliás, não vi nos telejornais da RBS TV a notícia do falecimento do Marçal.
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O jornalista Sérgio Saraiva, que hoje vive em Santa Catarina, escreveu sobre o Marçal, quando viu um post da colega e amiga Beth Portugal, sobre o ocorrido:

Guarani não gosta muito de Charrua. Mas esse - com quem trabalhei em 1975 e depois 77, no Diário de Notícias - eu aturava. Uma das primeiras aventuras que embarquei quando voltei para o Brasil (77) foi viajar até Quaraí com essa fera levando livros da Lila Ripoll, Era uma edição que ele havia organizado. Lembro ter fotografado sua velha tia índia, olhar imperturbável pela janela, 500 anos sustentando o horizonte. Acho que o Caco Schmitt foi junto. O Zé Neto foi conosco, numa Kombi. Um passeio no outro lado, Artigas, Uruguai, e uma cena triste: jovens de 15, 16 anos, com cabelos cortados como milicos, bêbados e sendo atendidos pelo garçon. Cabelos longos eram proibidos. Tomar porre e comprar bebidas, podia. Foi uma das porradas que levei na cara na minha volta aos pagos. Ele era de Quaraí, terra da Salamanca do Jarau, assim como Dyonélio Machado, Carlos Reverbel, Miguel Proença e a própria Lila Ripoll.

...
Ultimamente nos encontramos poucas vezes. Ele foi a três ou quatro lançamentos de meus livros. E várias vezes falamos casualmente na rua. Uma das vezes, ele estava triste - tinha acabado de saber que sofria de Gota.
Não sabia que ele enfrentava, há pouco, esta doença que me nego a escrever o nome.
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Não preciso dizer que passei um final de semana do cão.
Amenizava quando me lembrava das dezenas de histórias que vivemos.
...
Por que será que as pessoas que mais gosto resolvem morrer nos finais de semana?
...
Pra encerrar.
Leia o que o Sandro Faser enviou:

Cresci ouvindo o João Batista Marçal. Foi minha primeira inspiração, a querer ser um repórter policial.
Lembro ainda de uma cortina que ele usava junto com sua trilha característica nas rádios.
O locutor anunciava:
Vem aí o Cavalo do Marçal...
Ai entrava o áudio de um galope de cavalo, seguido de um som de sirene de uma viatura.
No auge de minha infância prestava muita atenção ao som que saía daquele rádio, colocado pela minha mãe, em cima de uma estante e que me levava a imaginar a cena descrita por ele.
Um dos bordões usados por ele, quando se referia a uma mulher, que não prestava:
- Essa dona, (nome da mulher) que é a mais pura flor da sacanagem!!
E pir ai ele ia...
Um grande nome do rádio e do jornalismo que como muitos outros morreu pobre de dinheiro, mas, rico de caráter e coragem.
A atual geração de jornalistas e até radialistas, talvez,  possam nunca ter ouvido falar em João Batista Marçal.
No que ele fez e ainda representou para o rádio gaúcho.
Em razão disso, te peço humildemente, pela memória de nosso colega e tudo o que ele representou e lutou, a exibição deste vídeo que há meses, por acaso, encontrei no Youtube. Acho que ele representa bem a história, contada por ele próprio de dois ídolos que tive.




...
Pra encerrar, mesmo:
Nos 45 anos da "revolução de 64" - 2009 - tinha acabado de lançar um livro, "A Revolução da Minha Janela". Aí resolvi fazer um debate.
Acertei que seria num auditório da Câmara de Vereadores de Porto Alegre - local amplo, com estacionamento fácil.
Convidei o Marçal, que se dispôs a comparecer. Depois falei com o coronel Pedro Américo Leal, ex-deputado estadual e ex-vereador da Arena, ligado a revolução. Uma figura maravilhosa.
Para mediar, o jornalista João Garcia.
Quem mais? Não lembro. O meu computador da praia não tem as fotos.
Desculpe os demais convidados.
Pois bem, o Marçal chegou atrasado, pediu pra falar porque tinha um outro debate no Clube de Cultura.
Deu um pau geral em tudo que dizia respeito a revolução, falou das torturas que sofreu (mostrou a sua mão torta), das demissões das rádios por causa dos milicos e se mandou. Foi muito aplaudido.
O auditório estava lotado.
Distribuí o meu livro para todos os presentes.



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MAIS UMA VEZ, A RBS ESTÁ VENDIDA - Há anos  que a RBS está vendida.
Da última vez, um grupo da Arábia Saudita tinha comprado. Passei a "informação" para o Duda Melzer, presidente da RBS, e mais uma vez ele deu risada e desmentiu.
Agora, saiu a nova venda na coluna Radar, da Veja.
O mesmo grupo que comprou, mesmo, a RBS de Santa Catarina estaria praticamente comprando a RBS por dois bilhões de reais.
Não liguei para o Duda, mas o Felipe Vieira ligou.
E lá está na página do Felipe:
- Eu te afirmo que não é verdade. Não estamos vendendo a RBS/RS. Ao contrário, tivemos um 2017 sensacional. Com crescimento de audiência e de resultados. Distribuímos o maior PPR dos últimos 8 anos. Estamos com vários projetos de inovação nos nossos negócios e nos nossos produtos.
...
Mas a venda está caminhando.
No respeitado www.portalmakingof.com.br:

O portal Making Of entrega aos seus leitores informações confirmadas ou opiniões assinadas. Por isso,  há meses busca dados sobre a possível venda do grupo gaúcho RBS para a NC, já proprietária  das empresas de comunicação em Santa Catarina, adquiridas por 700 milhões, e de uma poderosa industria farmacêutica, com ramificações mundiais. Só agora, no entanto, pode traçar um roteiro que confirma a conversa entre as partes.
1. A NC, depois de adquirir a RBS SC, demonstrou interesse nas empresas do grupo no Rio Grande do Sul;
2. Não houve reciprocidade dos gaúchos naquele momento;
3. A Globo, por sua vez, líder da rede de TV, foi reticente;
4.  Depois de um tempo, diante de uma aceitação interna pró-venda, a RBS procurou reabrir o diálogo;
5. A Globo suavizou sua posição, ao constatar que os sócios gaúchos poderiam não estar mais tão interessados em Comunicação;
6. A conversação evoluiu, agora mais no interesse gaúchos do que paulistas; 
7. A coluna Radar On-Line de Veja divulgou ontem, 23, conforme reproduzido pela Making Of,  um informe sobre negociações. O valor de 2  bilhões de reais não procede, a não ser considerando o valor já pago em Santa Catarina;
8. A divulgação de um negócio desses  em uma coluna on-line segue  o modelo de vazamento ocorrido em Santa Catarina, com  antecipação da informação para um colunista. Nos bastidores estima-se que o lado que vazou a informação anterior não é o mesmo autor de agora ; 
9. Em um negociação tudo pode acontecer, até o desmentido que ela existe.

Esta é a informação da Making Of de ontem à noite, 23 :   

Desde que o grupo NC da família Sanchez, dona entre outras empresas da fábrica de medicamentos EMS, comprou a RBS em Santa Catarina, surgem informações de que a parte gaúcha teria o mesmo caminho, Hoje, 23, é a vez da coluna Radar On-Line da Revista Veja divulgar que as negociações estariam bem avançadas.  
O texto completo do informe que é redigido por três jornalistas é este : "Plantão de Notícias. Estão avançadas as negociações entre a família Sirotsky e Carlos Sanchez para a venda total da RBS. Trata-se de um negócio de 2 bilhões de reais, envolvendo doze emissoras de TV, quinze de rádio e três jornais. Há dois anos, Sanchez comprou a filial catarinense."



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É UM DESRESPEITO COM O GUERRINHA (E COM OS LEITORES) - Escreve o Juner M. Vieira:

 É de conhecimento de "quase" todos que o Grêmio foi campeão da Recopa na última quarta-feira, e que o Inter jogou pela Copa do Brasil lá no Pará.
Digo quase todos, pois tem uma turma na GauchaZH não andou lendo as últimas notícias produzidas pela editoria de esportes... e acabou misturando as competições.
Veja o que publicaram (no arquivo em anexo) a respeito do Internacional, em uma matéria assina pelo experiente Guerrinha.

(clique em cima que amplia)


No detalhe:




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JORNALISMO DA RECORD A DERIVA - Desde dezembro o gerente-geral de jornalismo da Record TV sumiu. Rodrigo Falcão tinha assumido recentemente a função e não foi mais visto.
As pautas  estão sendo aprovadas via São Paulo. Um absurdo inimaginável.
Rodrigo Falcão novo gerente ninguém sabe, ninguém viu. Ao menos estranho, não acham?
...
Não sei como o apresentador Alexandre Mota suporta isso.


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COMO É QIE VOU DEIXAR OEISIS PARA ENCARAR ESTE INFERNO? - Na ZH de domingo. Só por obrigação, mesmo, os moradores enfrentam esta loucura.






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PORTO ALEGRE, DE DESPACITO TIGRÃO JÚNIOR, ESTÁ ENTREGUE PARA A BANDIDAGEM! NÃO TEM MAIS JEITO! SÓ O IMPEACHMENT DO PREFEITO!!








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A PORTO ALEGRE DO DESPACITO JR - Escreve o jornalista  Luiz Antonio Barbará:

Até a água de Porto Alegre está com gosto ruim.
No Rio ainda não senti aquele gosto de terra com esgoto.
O Rio é violento. Tem pobreza. É administrado talvez pelo pior prefeito do mundo. Ok, concordo.
Mas e Porto Alegre? O que houve com a cidade que morei durante 10 anos? O que está acontecendo com a terra onde vive parte da minha família, onde estão grandes amigos, onde vivi grandes histórias, onde sempre sinto saudade quando estou longe? O que houve?
Porto Alegre está violenta. Está pobre. Está sendo administrada talvez por outro pior prefeito do mundo. Não tem como discordar.
Porto Alegre está triste, suja, miserável.
No Rio ainda tem carnaval. Em Porto Alegre nem isso tem mais.
Porto Alegre ainda não morreu. Mas está doente, frágil. Não precisa de intervenção, precisa de inovação.
Mas pior que o gosto da água, é o gosto de ir embora dessa cidade sem muita vontade de voltar morar lá.


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LEGAL!! - Lojas HAVAN em Passo Fundo e Caxias do Sul.
Claro que Porto Alegre não está nos planos.



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O FRACASSO DO NOSSO PAÍS, EM TODAS AS ÁREAS







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PIADINHA




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ATENÇÃO NOVO GOLPE

Uns trambiqueiros estão passando nas casas, vendendo ingressos para assistirem aos jogos do Internacional de Porto Alegre na Libertadores 2018.
Não comprem! São falsos!!


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