Cinema / Wilson Rosa - 15 de agosto

Troféu Abacaxi
 "A ÁRVORE DA VIDA"
 É FILME PARA CRÍTICOS DE ARTE ABSTRATA

Alguns longas deveriam ter um cartaz avisando que não se trata de um filme comercial. É o caso de “A Árvore da Vida”, que não tem início, meio e fim. É um monte de imagens abstratas, que mistura a história de uma família americana com a explosão do universo (Big Bang), dinossauros,  prédios de NY e Grand Canyon. Deu para perceber a dificuldade do espectador ? É uma obra-prima para os críticos, cada um tem uma interpretação.
Na primeira meia hora do filme, com longos planos em silêncio, vozes sussurrando, alguns levantam e vão embora. Os que ficam pensam que vai melhorar. Nos poucos momentos de narrativa, se percebe um pai opressor (Brad Pitt) e uma mãe serena (Jessica Chastain) que criam três filhos nos anos 50.
No meio disso, o diretor Terrence Mallick mostra o universo se expandindo, o surgimento da vida no planeta, os dinossauros (??) e um pulo no presente, com um dos filhos interpretado por Sean Penn (que quase não fala).
Mesmo sendo uma mistura de Discovery Channel com Parque dos Dinossauros, o filme ganhou a Palma de Ouro, em Cannes, não sei como. O que dá para notar é que o diretor tenta encontrar o sentido da vida, questiona a moral cristã (eu sou bonzinho, mas por que Deus me castiga?) e busca respostas existenciais. Realmente se trata de uma produção para um público diferenciado. E teve crítico que disse ser arrebatador, uma obra-prima de imagens esplêndidas. Ah tá...O filme é tão abstrato que você nunca sabe quando vai terminar.

A ÁRVORE DA VIDA (The Tree of Life), de Terrence Mallick – drama – 10
anos – 138 minutos

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