Bom Dia! Segunda, 18 de julho de 2011

 Oa paladinos da moral e da ética
Minha avó Adylles, por parte de mãe, sempre me dizia: "Não confia em quem vive dizendo que é muito bom, que só quer o bem das pessoas, que é caridosa. Geralmente, meu filho, não valemnada. Não confia em quem se diz muito bonzinho".
A minha avó era sábia. Me ensinou muita coisa. Sempre quando estávamos juntos e alguém começava com esse papinho de "bondade" ela me olhava. Quando podíamos ficar sozinhos, ela fazia a radiografia ds pessoa. Mesmo que num primeiro momento eu discordasse dela e não acreditasse, o tempo me mostrava que ela estava certa.
Impressionante.
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Sempre quando leio a Zero Hora ou vejo um de seus geniais dirigentes ou funcionários graduados falando de ética me lembro de minha avó Adylles e não consigo segurar uma risada. Sempre.
Gostaria muito de ler o manual de redação do jornal, porque tenho uma dúvida: Deve ser um compêndio digno de um Aristóteles ou do Gabriel o Pensador? Algo de Nietzsche?
Sei lá, deve ter muita coisa do alemão.
Uma grande frase do Friedrich :As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras
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Poderia dar vários exemplos dos princípios morais e éticos implantados na Zero Hora. Suas convicções.
Mas desde sexta passada estou, com muita "isenção", analisando a relação de Zero Hora e dos demais veículos da RBS com uma empresa genuinamente gaúcha chamada Kopp Tecnologia.
Antes, olha só o que diz a Declaração de Princípios sobre a Conduta do Jornalista, da Federação Internacional de Jornalistas:
"Jornalistas dignos do nome" devem seguir fielmente o princípio estabelecido no artigo 1º: "O respeito à verdade e ao direito do público à verdade é a primeira obrigação do jornalista".
Muito bonito, né?
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Pois bem, os veículos da RBS decidiram, entre várias mutretas, que a empresa Kopp Tecnologia  montava editais para direcionar licitações. E ponto. Condenou, simplesmente, o mesmo que fez a imprensa paulista no caso da Escola Base, lembram? Eliseu Kopp, diretor-presidente da empresa, tentou por 4 meses receber a íntegra da tal gravação, feita por um veículo da RBS, que comprovaria a sacanagem. Nada.
Conta ele:
(...) Inclusive, já pedimos administrativa e judicialmente que a RBS nos forneça a integralidade da gravação bruta, original, sem corte, feita ardilosamente na prefeitura de Xangri-Lá. Estranhamente, passados quatro meses, não obtivemos acesso ao conteúdo integral, para contextualizar o que foi publicado. 
Fora isso, jamais publicaram nada sobre os argumentos de Kopp. Ele conta que inclusive recebeu por 3 horas um repórter do jornal, mostrando toda a empresa, e não foi publicada uma linha!!!
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Imagine o que está escrito no manual de redação da Zero Hora??!!
"Quando fizermos uma acusação a uma pessoa física ou jurídica não se dá espaço para a defesa. Se condena, apenas".
Só pode!!!
Será que alguém pode explicar os motivos que levaram os paladinos da moral e da ética a não dar espaço ao Eliseu??!! Claro, deve estar no tal do manual!!
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O mesmo jornal que trata bandidos em geral - traficantes, pedófilos, assassinos e estupradores - como "SUSPEITOS" trata um empresário pioneiro do nosso Estado como criminoso. Nem chama de suspeito de mutreteiro!!
O condena, simplesmente.
O mais interessante é que chamam os maiores bandidos de suspeitos porque respondem a muitos processos sobre excessos no tratamento das pessoas. José Paulo Bisol ganhou o prêmio de uma loteria, por exemplo.
Aí eles devem ter achado, os geniais do departamento jurídico, que não teriam problemas em condenar a Kopp.
Hahahaha!!!
O Eliseu Kopp não disse com todas as letras, mas deixou claro, em entrevista à prórpia ZH nosábado passado, que vai querer reparação pelo que fizeram com ele, sua empresa e o perigo que 500 funcionários correram com as acusações.
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É isso, brincam com a vida das pessoas como se fossem deuses, inatingíveis!!
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Ainda vou ler esse manual de redação da Zero Hora.

Um comentário:

  1. Milton Ferretti Jung18 de julho de 2011 às 21:38

    O problema que torna pouco úteis os mais bem intencionados manuais de redação é que não são encarados pelos jornalistas como livros de cabeceira da nossa categoria.

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